Quantas vezes você já ouviu essa frase? Pode até mesmo ter saído da sua boca. “Dar aos filhos tudo aquilo que não tive” é uma tentativa de dar a eles tudo o que consideramos bom, agradável, desejável. Mas será mesmo?
Será que o que idealizamos para nossos filhos é o mesmo que eles teriam escolhido para si próprios? Ao dar a eles o que gostaríamos de ter tido, quanto espaço sobra para que o desejo deles apareça e eles se vejam como sujeitos, autores de suas próprias escolhas?
As expectativas dos pais sobre seus filhos vão compor uma parte significativa de suas vidas. Ao termos maior consciência da influência de nossos desejos sobre a vida deles, podemos abrir espaço para que suas características individuais apareçam, em vez de ficarem escondidas sob as nossas vontades.
Que eles possam ter seus desejos próprios, bancar suas escolhas individuais e, com todo o amor e suporte dos pais e cuidadores, possam trilhar seu próprio caminho, deixando para trás o pesado fardo de carregar nossas expectativas consigo.